domingo, 13 de outubro de 2013

Enade reprova 30% dos cursos avaliados em 2012




Cinco dos sete cursos da UEM avaliados no último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) alcançaram conceito quatro ou cinco, segundo resultado divulgado na última segunda-feira (7) pelo Ministério da Educação (MEC). O índice, que mede o rendimento dos estudantes quando ingressam na educação superior e quando concluem seus cursos, varia de zero a cinco, sendo que o curso de Ciências Econômicas ficou classificado com o conceito 3 (três).

O Exame funciona em ciclos, avaliando os alunos com base nos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. A edição de 2012, divulgada no último dia 7, concluiu o ciclo que abrange ciências sociais aplicadas, ciências humanas e áreas afins; e os eixos tecnológicos de gestão de negócios, apoio escolar, hospitalidade e lazer, produção cultural e design. 

Apesar das críticas que podemos ter a este modelo de avaliação, o Centro Acadêmico de Economia José James da Silveira (CAECO), inseriu na pauta de sua próxima reunião o resultado do Exame, para discussão e encaminhamentos.

Enade reprova 30% dos cursos avaliados em 2012



Cerca de 30% dos cursos de ensino superior avaliados no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2012 apresentaram resultado insatisfatório, com notas 1 e 2 (de um teto de 5). O Enade é um teste do governo federal que serve para avaliar redes de ensino, públicas e privadas. A edição de 2012 avaliou 7.228 cursos de 1.646 instituições de ensino superior – participaram 536 mil estudantes concluintes, do penúltimo e último semestre de seus respectivos cursos. A cada três anos, o Ministério da Educação (MEC) aplica o Enade para um conjunto de cursos. Em 2012 foram dez de bacharelado e seis que conferem diploma de tecnólogo.

“Conseguimos que quase todos os estudantes que estão sendo avaliados participassem da prova, o que é muito importante para os seus respectivos cursos. O sistema avançou em direção à qualidade, mais instituições, de forma expressiva, na nota 5, na nota 4, e na nota 3. Ainda temos uma parcela de cerca de 30%, principalmente faculdade isoladas, com nota insuficiente. Vamos ser rigorosos na exigência de qualidade”, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Em 2009, ano em que o mesmo grupo de cursos foi avaliado, o porcentual de cursos com desempenho abaixo da média (notas 1 e 2) foi de 24,9%. Para o ministro, no entanto, o aumento na quantidade de cursos com desempenho insatisfatório deve-se à diminuição na quantidade de cursos sem conceito avaliados pelo Enade: em 2009, 26,6% dos cursos avaliados não apresentaram uma nota final, em virtude da não formação de turmas ou boicote dos estudantes. A quantidade de cursos sem conceito diminuiu para 1,8% na edição de 2012.

Os cursos que tiraram nota 1 e 2 poderão ter seus vestibulares suspensos, observou o ministro. O desempenho global dos estudantes no Enade (a prova e o questionário respondido pelos alunos) tem um peso da ordem de 70% na avaliação final no Conceito Preliminar de Curso (CPC), que é um indicador prévio da situação dos cursos de graduação no país. O MEC pretende divulgar em novembro o CPC dos cursos que participaram do Enade 2012. O Conceito Preliminar de Curso é composto por diferentes variáveis, como a qualidade de infraestrutura, recursos didático-pedagógicos, corpo docente e o próprio Enade.

A quantidade de cursos com conceito 5 (nota máxima) no Enade aumentou de 1,0% para 5,4%, entre 2009 e 2012. No mesmo intervalo, os cursos com conceito 4 saltaram de 9,7% para 19% e os cursos com conceito 3, de 37,8% para 43,9%.


Desempenho 132 cursos do Paraná ficam com nota baixa; dois são da UFPR
Jônatas Dias Lima

Dez cursos de instituições de ensino superior do Paraná tiraram a nota mínima no Enade 2012, segundo o Ministério da Educação (MEC). Outras 122 graduações do estado ganharam nota 2 e seis ficaram “sem conceito” devido ao baixo número de alunos inscritos. Ao todo, 539 cursos paranaenses foram avaliados. Desses, 27 tiraram nota 5. Entre as graduações com nota 1 chama a atenção a presença de dois cursos tradicionais da Universidade Federal do Paraná (UFPR): Direito e Publicidade Propaganda. Mas a pontuação negativa não é reflexo de má qualidade, mas sim de engajamento político dos estudantes. “É boicote. Nossos alunos boicotam o Enade em todas as edições. Muitos entregam a prova completamente em branco”, explica o professor Luiz Fernando Lopes, coordenador da Pós-Graduação em Direito da UFPR, dizendo que já esperava a nota baixa. A recusa em participar do exame, segundo o docente, se deve à tendência ideológica predominante entre os alunos, que são contrários a qualquer tipo de sistema avaliativo e usam o boicote como forma de protesto contra a suposta precarização da educação. Quanto às possíveis consequências das notas baixas, como o cancelamento do vestibular, Lopes afirma que o MEC está ciente desse tipo de manifestação e tende a relativizar os resultados. “Eles sabem que não somos um problema”, diz. Em tese, após uma sequência de três notas baixas o MEC faz uma visita para avaliar as instituições com desempenho ruim.

Gazeta do Povo


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